segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ataque ao batalhão da ROTA.
(O poder paralelo aprontando de novo)

Vamos imaginar um negócio que dá lucros de 80% ao ano, não tem sazonalidade, não é afetado por nenhuma crise local nem internacional e não recolhe nenhum tributo, estamos falando de um negócio que fatura 1 bilhão e 400 milhões de reais por ano no país; sim estamos falando do tráfico de drogas. E por mais que os falaciosos “especialistas” em segurança pública digam que o tráfico no país não é organizado, isso não passa de uma grande mentira. O tráfico envolve uma intrincada cadeia econômica, logística para transportar a droga dos produtores da bolívia, Colômbia e Paraguai, teia de contatos para distribuição nos pontos de vendas, rede de contatos para compra de armamentos de guerra, domínio e aliciamento dos moradores das comunidades, etc. Ora se isso não é crime organizado, eu não sei qual o conceito de organização que esses supostos especialista têm. Com todo esse poderio econômico e armas pesadas, R$ 1,4 bilhões é exatamente o mesmo valor que o governo federal anunciou de investimento no PRONASCI (programa nacional de segurança pública com cidadania), isso mesmo, o crime fatura exatamente o valor que o governo investe em segurança pública. Com todo esse prognóstico macabro é difícil acreditar nas palavras do governador do Estado de são Paulo quando disse que não acredita que os ataques sofridos pelo batalhão da ROTA sejam parte de uma ação organizada contra as forças de segurança. Que a criminalidade e violência acuaram os cidadãos isso não é nenhuma novidade, há muito tempo somos reféns da bandidagem. A grande novidade é que a criminalidade começa, ou recomeça a acuar os poderes constituídos e eles fingem acreditar que isso não é verdade. No primeiro dia do mês de agosto de 2011, o batalhão da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar – ROTA foi alvo de ataque a tiros 24 horas após o seu comandante também ter sofrido um atentado. A mesma ROTA que décadas atrás impunha medo e terror na bandidagem agora fica acuada, e porque não suscitar o ataque do PCC de 2006? Quando o poder público ficou a mercê de ataques a órgãos públicos, banco, policiais, ônibus que vitimou mais de 200 pessoas, orquestrados dentro dos presídios? Será que aí começou a se desenhar esse prognóstico macabro? A grande coincidência, 2006 era ano eleitoral como também é agora. Vamos aguardar e conferir as novas promessas, aguardar em casa e bem trancados!