segunda-feira, 5 de março de 2012

As loucuras do politicamente correto.


Duas coisas são infinitas, o universo e a imbecilidade humana, a diferença é: Quanto ao universo ninguém ainda tem certeza.

Mesmo antes de existir a modinha do politicamente correto eu já repudiava esse conceito. As palavras e expressões não têm valores semânticos fixos e podem ser empregadas com diferentes significados. Você pode chamar carinhosamente alguém de “negão” e também pode ser grosseiramente ofensivo o chamando de “afro-descendente”, tudo vai depender do contexto. O politicamente correto só serve mesmo para evidenciar a imbecilidade e exacerbar ainda mais o preconceito que existiu, existe e sempre existirá na humanidade, seja de cor, opção sexual, origem profissional, social e por aí vai. O preconceito faz parte da imbecilidade humana e imbecilidade não se combate com mudanças semânticas do politicamente correto, porque isso também é uma expressão imbecil, assim sendo redundaríamos em combater imbecilidade com outra.

Por culpa dos acéfalos defensores do politicamente correto observamos alguns absurdos que de tão idiotas passaram a ser risíveis:

1 – Monteiro Lobato, um dos mais influentes escritores brasileiros de todos os tempos teve uma de suas obras (Caçadas de Pedrinho) avaliadas pelos arautos do “politicamente correto” já que foi descoberto que sua literatura era nociva. Nociva porque Pedrinho era um menino que (na década de 30) caçava animais silvestres e em uma das passagens Tia Nastácia sobe em uma árvore. (eles entenderam que isso era uma analogia, estava Monteiro Lobato comparando Tia Nastácia, que era negra a um maçado). Chegaram ao ponto de recomendar     que as escolas brasileiras não adotassem essa obra.

2 – Uma cantiga infantil denominada de “O cravo brigou com a rosa” que descrevo abaixo:
O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar,
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pô-se a chorar
.
Alguns malucos, melhor dizendo, psicólogos do politicamente correto desencorajam seu uso na educação infantil porque essa maligna canção descrita acima incentiva violência e agressividade, sobretudo entre casais!!!
            3 – Um livro americano chamado “um dia perfeito para se tomar sorvete” teve de ser rescrito porque no Estado da Califórnia não é permitido fazer propaganda a Fast-food!!!
             4 – E quanto a comparações com animais? O gordo é baleia, o magro é girafa, o gay é veado, o branquelo é lagartixa, a loura é uma burra, o de pouca inteligência é um jumento, mas o negro não pode ser um maçado!! Jamais!!! porque senão você vai para a cadeia!! Até hoje não entendo qual o problema com o pobre do animal. Eu particularmente prefiro ser chamado de macaco a ser chamado de qualquer outro animal, afinal de todos é o que tem o maior Q.I!!!! Fico imaginando as criaturas da floresta dizendo, “rapaz o macaco é um animal asqueroso, quando os humanos chamam alguém de macaco eles vão para a cadeia” fico imaginando a depressão e tristeza que o macaco sente sendo tão desprezado por nós humanos!
            Para finalizar transcrevo um diálogo (fictício, mas que logo logo poderá ser perfeitamente real caso nãoo acabem urgentemente com essa idiotice):
Sujeito chega a um hotel:
"Boa noite, senhor, queira, por favor, preencher a ficha."
"Hum... Não vai dar! Chamou-me de senhor, isso quer dizer que me prejulgou, tachando-me de idoso. Ou, no mínimo, de alguém com status social superior ao seu..."
"Desculpe-me, quis apenas ser respeitoso..."
"Eu vim aqui à procura de um quarto, não de respeito. Quem gosta de tratamento cerimonioso ou é aristocrata ou, pior, burguês metido a nobre."
"Como, então, devo chamá-lo?"
"Cidadão, camarada, companheiro, qualquer coisa assim... Ah, e a sua ficha está incorreta. No item sexo constam apenas duas alternativas."
"E existe alguma outra?"
"Várias! Escreva apenas "orientação sexual" e deixe um espaço em branco para ser preenchido."
"A coisa está ficando preta!"
"Você não deve usar essa expressão. Ela define um quadro confuso, aludindo aos negros. Perdão, afrodescendentes."
"Ai, meu Deus!"
"Essa sua exclamação também é excludente. Tem muita gente no mundo que acredita em outro deus. Como outros que cultuam vários deuses e também os que não acreditam em deus nenhum. De mais a mais, por que o seu deus atenderia, particularmente ao seu chamado?"
"E chamar alguém de t. d., isso pode?"
"Só se não for com sentido ofensivo ou depreciativo."
"Com licença. Eu tenho de trabalhar."
"O que você quis dizer com isso? Que eu não tenho trabalho? Só porque me visto como um estudante?"