Duas coisas são
infinitas, o universo e a imbecilidade humana, a diferença é: Quanto ao
universo ninguém ainda tem certeza.
Mesmo antes de
existir a modinha do politicamente correto eu já repudiava esse conceito. As
palavras e expressões não têm valores semânticos fixos e podem ser empregadas com
diferentes significados. Você pode chamar carinhosamente alguém de “negão” e
também pode ser grosseiramente ofensivo o chamando de “afro-descendente”, tudo
vai depender do contexto. O politicamente correto só serve mesmo para
evidenciar a imbecilidade e exacerbar ainda mais o preconceito que existiu,
existe e sempre existirá na humanidade, seja de cor, opção sexual, origem
profissional, social e por aí vai. O preconceito faz parte da imbecilidade
humana e imbecilidade não se combate com mudanças semânticas do politicamente
correto, porque isso também é uma expressão imbecil, assim sendo redundaríamos
em combater imbecilidade com outra.
Por culpa dos
acéfalos defensores do politicamente correto observamos alguns absurdos que de
tão idiotas passaram a ser risíveis:
1 – Monteiro
Lobato, um dos mais influentes escritores brasileiros de todos os tempos teve
uma de suas obras (Caçadas de Pedrinho) avaliadas pelos arautos do “politicamente
correto” já que foi descoberto que sua literatura era nociva. Nociva porque Pedrinho
era um menino que (na década de 30) caçava animais silvestres e em uma das
passagens Tia Nastácia sobe em uma árvore. (eles entenderam que isso era uma
analogia, estava Monteiro Lobato comparando Tia Nastácia, que era negra a um maçado).
Chegaram ao ponto de recomendar que as
escolas brasileiras não adotassem essa obra.
2 – Uma cantiga
infantil denominada de “O cravo brigou com a rosa” que descrevo abaixo:
O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar,
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pô-se a chorar.
A rosa foi visitar,
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pô-se a chorar.
Alguns malucos, melhor
dizendo, psicólogos do politicamente correto desencorajam seu uso na educação
infantil porque essa maligna canção descrita acima incentiva violência e
agressividade, sobretudo entre casais!!!
3 – Um livro americano chamado “um dia perfeito para se
tomar sorvete” teve de ser rescrito porque no Estado da Califórnia não é
permitido fazer propaganda a Fast-food!!!
4 – E quanto a comparações com animais? O gordo é baleia,
o magro é girafa, o gay é veado, o branquelo é lagartixa, a loura é uma burra,
o de pouca inteligência é um jumento, mas o negro não pode ser um maçado!! Jamais!!!
porque senão você vai para a cadeia!! Até hoje não entendo qual o problema com
o pobre do animal. Eu particularmente prefiro ser chamado de macaco a ser chamado
de qualquer outro animal, afinal de todos é o que tem o maior Q.I!!!! Fico
imaginando as criaturas da floresta dizendo, “rapaz o macaco é um animal asqueroso, quando os humanos chamam alguém de
macaco eles vão para a cadeia” fico imaginando a depressão e tristeza que o
macaco sente sendo tão desprezado por nós humanos!
Para finalizar transcrevo um diálogo (fictício, mas que logo
logo poderá ser perfeitamente real caso nãoo acabem urgentemente com essa
idiotice):
Sujeito chega a um hotel:
"Boa noite,
senhor, queira, por favor, preencher a ficha."
"Hum... Não vai
dar! Chamou-me de senhor, isso quer dizer que me prejulgou, tachando-me de
idoso. Ou, no mínimo, de alguém com status social superior ao seu..."
"Desculpe-me, quis
apenas ser respeitoso..."
"Eu vim aqui à
procura de um quarto, não de respeito. Quem gosta de tratamento cerimonioso ou
é aristocrata ou, pior, burguês metido a nobre."
"Como, então, devo
chamá-lo?"
"Cidadão,
camarada, companheiro, qualquer coisa assim... Ah, e a sua ficha está
incorreta. No item sexo constam apenas duas alternativas."
"E existe alguma
outra?"
"Várias! Escreva
apenas "orientação sexual" e deixe um espaço em branco para ser
preenchido."
"A coisa está
ficando preta!"
"Você não deve
usar essa expressão. Ela define um quadro confuso, aludindo aos negros. Perdão,
afrodescendentes."
"Ai, meu
Deus!"
"Essa sua
exclamação também é excludente. Tem muita gente no mundo que acredita em outro
deus. Como outros que cultuam vários deuses e também os que não acreditam em
deus nenhum. De mais a mais, por que o seu deus atenderia, particularmente ao
seu chamado?"
"E chamar alguém
de t. d., isso pode?"
"Só se não for com
sentido ofensivo ou depreciativo."
"Com licença. Eu
tenho de trabalhar."
"O que você quis
dizer com isso? Que eu não tenho trabalho? Só porque me visto como um
estudante?"