sexta-feira, 19 de outubro de 2012

USP - Covil de maconheiros

Quando eu era um estudante universitário quase toda a bibliografia do curso, ao menos as principais e mais notórias eram escritas por professores da USP – Universidade de São Paulo.  Apesar deles sempre terem sido corporativistas ao extremo, execrando quaisquer outros professores de fora da USP que divergissem de suas idéias, ainda sim eles eram, e ainda são, referência no país. Eu daria tudo para assistir uma aula com Sérgio de Iudicibus, Eliseu Martins, dentre outros.
Além do corpo docente de destaque a USP sempre saiu na frente em pesquisas, desenvolvimento tecnológico em estrutura; só para constar, a USP possui 42 bibliotecas espalhadas pelos diversos campi, mais de 7 milhões de livros sendo assim um dos principais acervos bibliotecários do Brasil, possui museus de arte contemporânea, ciências, zoologia, etc. A USP é uma das maiores universidades, quiçá a maior da América Latina. Muitos, assim como eu, sonhavam e sonham em estudar na USP, seja em graduação, pós-graduação, doutorado, seminários, etc.
A tristeza vem quando, além de vivermos num país onde a educação é falida, ainda temos o desprazer de ver a USP, nosso único referencial de educação no país virar motivo de chacota e descrédito. Nisso não podemos culpar o governo, justiça seja feita! Há investimentos, há professores e há estruturas, o que falta então? Faltam discentes descentes (desculpem o trocadilho) faltam alunos com mentalidade. A USP está consolidando sua fama de “covil de maconheiros” e isso é lamentável.
Desde o episódio ocorrido há pouco tempo, onde a Polícia Militar encontrou alunos portando maconha e resolveu, além de instalar um posto dentro do campus, realizar rondas periódicas que a crise se estabeleceu. Rebeliões, invasões, destruição; essa tem sido a tônica dos noticiários quando o nome da USP é citado. A Universidade que ostenta em seu brasão os dizeres em Latim Scientia Vincis (algo como a ciência vencerá) parece que, forçada por bandidos travestidos de alunos, ou pseudo-revolucionários, terá de mudar sua frase do brasão para algo como Cannabis Vincis.Cobramos tanto do governo que invista em educação e em cultura, mas quando isso ocorre percebemos que o povo não têm mentalidade para isso. A prova disso são os cartazes da ultima rebelião com erros crassos de português. A verdade é que a USP não está servindo de fato ao povo, está servindo a uma parcela da elite que tem dinheiro para pagar cursinhos para serem adestrados a passar em um difícil vestibular.
    Garotinhos mimados que têm carros, moram em coberturas, se alimentam bem, e apesar de receberem tudo o que precisam, têm uma péssima educação doméstica. Via de regra, os pais para compensam a ausência de educação, comprando um carro novo para seus pupilos, como se isso fosse formar caráter de alguém. Ainda por cima reforçam a mesada para que seus mini-revolucionários comprem bastante maconha para ficarem “doidões”  e organizarem rebeliões na universidade! Estou generalizando? Não! Estou falando da situação sistemática da USP, o que estiver fora disso é exceção! Esses mesmos pais, educadores omissos, são os mesmos que choram na delegacia quando seus “meninos” são presos, são os mesmos que acham que seus “chincheirinhos” são vítimas da opressão e do abuso de autoridade da PM.
Para ser muito sincero mesmo, acho que há muita tolerância com vagabundos nesse pais, o preço que a democracia cobra as vezes parece ser muito alto, muita liberdade para quem não tem direito de exercê-la. O consumo de drogas, no que pese, não ter mais pena restritiva de liberdade no Brasil, ainda é crime, sou abertamente, completamente a favor da presença maciça e ostensiva da PM na USP, prendendo e baixando o cacete nos baderneiros. Ou moralizamos a USP ou a USP vai desmoralizar o Brasil (mais do que já está).