terça-feira, 31 de julho de 2012

Aprenda com a Bíblia e seja machista.



Eu estava pensando em escrever uma série de artigos cuja temática resgatasse ensinamentos bíblicos. A bíblia lida de forma direta e literal ensina muitas coisas, dentre elas  tornar-se um psicopata, um assassino, um pervertido, cruel, dentre outras aberrações. Os ensinamentos saudáveis, esses sim precisam de uma interpretação muito mais “acrobática” por parte do leitor. Refiro-me especialmente ao Velho Testamento; quanto ao Novo, sou forçado a reconhecer que o evangelho de Jesus, embora igualmente fantasioso, figure algumas lições que, quanto tomadas sem o preconceito religioso, e de forma simbólica, seja passivo de algumas lições pertinentes o que sem dúvida não podemos afirmar em relação ao Velho Testamento.
Confesso; não me agrada muito uma abordagem bíblia com demasiada carga de ironia, existem pessoas que acreditam piamente no que está escrito nesse livro e, por mais absurdo que tal crença pareça, ela (a pessoa, não a crença) merece um pouco de respeito. O que não posso deixar de fazer é uma análise conforme o meu ponto de vista, uma vez eu possuo também esse direito.
Sem mais delongas, o tema de Hoje é: Seja machista baseado nos ensinamentos bíblicos. Se alguém argumentar que isso é uma prática nociva, antiquada e medíocre, simplesmente contra-argumente usando as escrituras “sagradas” e diga que ser machista é ensinamento de deus.
Em algumas passagens é possível observar o desserviço que a bíblia e a religião prestaram e ainda prestam para a sociedade, tanto a de outrora quanto a moderna, sem dúvida elas foram  grandes fomentadoras e ainda as são, do preconceito sexual (machismo) que imperou em todas as épocas da história da humanidade.....sobretudo, ainda quede forma mais velada, contemporaneamente.

Deuteronômio 24,1: Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gostar mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa em liberdade.
Presente aqui o conceito da mulher objeto, propriedade do homem, descartável quando inconveniente, me parece que ainda nos dias de hoje alguns homens ainda insistem em seguir esses ensinamentos divinos.... ou seria impressão minha?

Eclesiástico 25,24: Foi pela mulher que começou o pecado, e é por culpa dela que todos morremos.
Para exercermos todo o “ódio” contra a mulher, claro que precisaríamos de um motivo justo não é? Eis aí o motivo.


Eclesiástico 42,14: É melhor a maldade do homem do que a bondade da mulher: a mulher cobre de vergonha e chega a expor ao insulto.
Realmente essa é uma das passagens mais nocivas, covardes, corruptas e cretinas de todas as que incitam o preconceito contra as mulheres.

1Coríntios 11,7-9: O homem não deve cobrir a cabeça, porque ele é a imagem e o reflexo de Deus, a mulher, no entanto, é o reflexo do homem. Porque o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem.
Só mais um reforço à idéia da “mulher objeto” e submissão.

Colossenses 3,18: Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs.

Deuteronômio 23,13: Dentre as tuas armas terás um pau; e quando te abaixares fora cavarás com ele, e, volvendo-te, cobrirás o que defecaste.
Esse aqui não fala exatamente do machismo, mas confesso que não resisti a tanto preciosismo, Deus se preocupando até com a maneira correta de “fazer cocô”, realmente a bíblia é muito rica, só faltou ensinar a “se limpar”.

Deuteronômio 25,11-12: Quando brigarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar o marido da mão do que o fere, e ela estender a mão, e o pegar pelas suas vergonhas, cortar-lhe-ás a mão: não a olharás com piedade.
Era comum naquela época dois homens brigarem e a mulher de um deles chegar para separar a briga segurando no “pinto” do adversário do marido? Como sempre, mesmo em uma briga de homens a mulher saia perdendo.

Deuteronômio 25,5-6: Quando dois irmãos morarem juntos e um morrer sem deixar filhos, a mulher do defunto não se casará fora da família com um estranho. O cunhado irá tomá-la para esposa para cumprir o dever do levirato. O primogênito que ela tiver receberá o nome do irmão morto para que seu nome não desapareça de Israel.
Reforço da idéia da “mulher propriedade”.

Levítico 14,24: Se um homem tiver relações com a mulher menstruada, a impureza dela o atingirá, e ele ficará impuro durante sete dias. A cama em que ele se deitar ficará impura.
É bom saber que a Bíblia está atenta a essas questões de higiene! Sem falar que, que segundo a bíblia, a mulher já é impura sem estar menstruada... Imaginem menstruada!

Eclesiástico 7,25: Arrume casamento para sua filha, e terá realizado uma grande tarefa, mas faça que ela se casa com homem sensato.
A idéia aqui é mais ou menos assim: “arrume logo um trouxa para casar com sua filha e livre-se dela o mais rápido possível”.

Eclesiástico 9,2: Não se entregue a uma mulher, para que ela não o domine.
Essa passagem não é muito clara, não fica explicito o significado do que seria “entregar-se a uma mulher” de toda sorte a única coisa explicita que importa é o preconceito.

Pois bem, aqui estão algumas (dentre muitas) passagem que eu destaquei “ipsis literis” é bom enfatizar. E antes que alguém venha com a falácia manjadíssima  que “naquela época” era comum o machismo; eu gostaria de lembrar, a bíblia é supostamente a “palavra de Deus” e, em se tratando de Deus, não seria admissível mudanças tão radicais de opinião com o passar do tempo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Usuário de drogas não precisa de descriminalização, usuário precisa de cadeia!


Milhões de reais são movimentados semanalmente nos morros cariocas, só para não mencionais os bilhões que são movimentados mensalmente no Brasil todo; mesmo diante da constatação de que a legislação recrudesceu com o traficante, a nova Lei de drogas (não que seja efetivamente nova, mas porque substituiu a outra)trata com mais rigor o tráfico, e demais tipos penais equiparados ao tráfico, face à antiga lei, as penas são muito mais duras. No outro pólo, a figura do usuário foi beneficiada com abrandamento de pena, ou seja, apesar de ser ainda crime, ao usuário não cabe mais  pena restritiva de liberdade; não bastasse o abrandamento, alguns seguimentos ainda clamam pela descriminalização do usuário, isto é, adquirir drogas para consumo pessoal deixaria de ser crime.
Na minha lógica, e acho que na lógica de qualquer ser humano normal e pensante, não existe qualquer eficácia em “endurecer” com o traficante e “amolecer” com o usuário porque ambos fazem parte de uma mesma cadeia, um depende do outro, A grande prova disso está aí nas ruas para todo mundo ver. O usuário compra porque há quem venda e, há quem venda porque há quem compre; isso é a lógica mais elementar de mercado.  Seria o mesmo que afirmar “você pode comprar a vontade, pode cheirar fumar sem problema, mas quem vender será duramente penalizado”. Ora quem vende, vende justamente porque não se importa com a lei e essa mesma lei, tenta agora ampliar o mercado dos traficantes.
Outra aberração lógica é a afirmação de que o usuário é vítima do traficante. As pessoas são vítimas de assaltantes, de terremotos, de balas perdidas e de outros fatores imponderáveis;  movimentos que tentam fazer com que a sociedade acredite que os usuários são vítimas estão agindo com extrema má fé e manipulando a opinião pública. Alguém só pode ser considerado vítima do que quer que seja quando há passividade, eu não posso desejar usar droga e após o dano causado me declarar vítima, qualquer pessoa, por mais simplória que seja, sabe que as drogas causam dependência. Mas alguém poderia dizer; “as pessoas usam drogas não porque querem, mas porque são viciadas”. Outro argumento pueril, porque todo viciado, em algum momento usou droga sem efetivamente ser viciado, a primeira vez que se experimenta a droga é por livre e espontânea vontade, por desejo próprio e jamais esse indivíduo pode ser declarado vítima, exceto vítima de si mesmo, de sua fraqueza, falta de caráter, falta de orientação familiar e inclinação para a ilegalidade. O indivíduo que não tem tal inclinação perniciosa, pode morar ao lado de uma “boca de fumo” que jamais será “vítima”.
O Estado, gerido por tecnocratas e burocratas alienados em seus gabinetes com ar condicionado, perde a percepção da realidade e torna-se incompetente para atacar o problema com medidas efetivas, quais sejam: Atacar o tráfico, não com UPPs, BOPE, invasão de favelas, mas com um duro golpe econômico, endurecer, mas endurecer firmemente com os usuários para diminuir o mercado do tráfico, penalizar duramente o usuário vai fazer com que diminuam os ingressos financeiros para o tráfico. Imaginemos uma situação, hipotética é claro, onde se conseguisse diminuir 80% a quantidade de usuários, conseqüentemente, sem investir nem mais um real em segurança pública, o tráfico teria uma diminuição de 80% do seu mercado, isso é raciocínio que criança de 5 anos entende.
Ao contrário do traficante, o usuário, apesar de ser criminoso porque comete o crime correspondente ao usuário;  não tem índole criminosa, via de regra, não anda armado, não rouba, não furta (e se o faz é para comprar mais drogas) pode até ser de classe média ou alta, sua natureza não está voltada para a prática reiterada de crimes. A falta dessa índole criminosa aliada a uma legislação dura e pesada, desencorajaria sobremaneira o usuário costumaz ou o que tivesse desejo de experimentar a droga. O usuário, de maneira geral, não reage com violência nem de forma armada contra as ações do Estado, logo é mais inteligente iniciar o combate pelo flanco mais fácil. Quanto aos que estão em fase avançada de dependência, neste caso sim, a política criminal dura não seria tão eficaz, mas ações voltadas para saúde pública, para criação hospitais e clínicas públicas  criados para o tratamento da dependência, mas com um detalhe importante – internação compulsória. O dependente seria obrigado pelo poder público ao internamento e um profissional de saúde avaliaria seu progresso ao longo do tempo; isso tudo sem se disparar nem um tiro de fuzil, os traficantes iam ver cada dia mais o seu poderio econômico ruir.
Os movimentos que lutam por causas politicamente corretas independentes de serem ou não serem eficazes e mesmo assim continuam lutando porque causas politicamente corretas fazem bem para a imagem, movimento dos quais fazem parte políticos e ex políticos deveriam começar a pensar mais, tomar vergonha na cara, não se preocupar tanto em agradar a “gregos e troianos” e pensar em soluções concretas para o Brasil. Usuário de drogas precisa mesmo é de cadeia.